Revelação do Ano: White Rose Movement

Eram várias as bandas que podia ter escolhido para revelação do ano, inclusivé os próprios Arcade Fire. Preferi antes escolher uma das muitas bandas que ainda não viram nenhum album ter luz do dia. Os White Rose Movement têm apenas 2 EP´s lançados, "Alsation" e "Love is a Number", mas prometem dar muito que falar quando algures em 2006 ou 2007 o seu album de estreia tiver luz do dia. Bandas como os The Bravery os The Killers que se acautelem porque estes 5 jovens estão com muita força e pela qualidade dos EP´s parecem vir a vingar. "Love is a Number" é uma musica claramente inspirada nos anos 80 enquanto "Alsation" é um tema mais negro com um grande poder de guitarras. "Girls in the Back" uma das canções do 2º Ep tem tudo para ser um sucesso.
Nascidos em 2003 em Londres o seu nome teve origem por causa de um movimento anti-fascista que teve lugar na Alemanha nos anos 30.

Grupo do Ano: The Arcade Fire

Pois é. Não notaram falta de nada na lista dos melhores do ano? A razão porque eu não escolhi “Funeral” para a lista dos melhores albuns do ano é muito simples...Já o havia escolhido na lista do ano passado (podem confirmar no meu blog antigo). Ouvi falar em Arcade fire à cerca de 15 meses atrás, através de uma crítica no site da Pitchfork, na minha opinião um dos mais crediveis. Era uma crítica incrível, muito poucas bandas haviam levado um 9,7 (na escala de 1 a 10). Fiquei no mínimo curioso, e resolvi partir para a descoberta deste album. Quando ouvi pelas primeiras vezes achei algo muito estranho. Não eram todos os dias que se ouvia uma banda de rock com uma miscelania tão grande de instrumentos. Piano, violino, violencelo, xilofone, acordeon, harpa... Os Arcade Fire eram uma banda excêntrica, até pelas vestes com que eles se apresentavam ao público isso se notava. Os seus elementos são donos de uma grande versatilidade chegando alguns a tocar 6 instrumentos diferentes em palco e em disco.
Levei 1 mês a “digerir” “Funeral”, mas passado esse tempo rendi-me ás evidências, estava ali algo de diferente... muito diferente.
Os Arcade Fire conquistaram-me e a parte da crítica ainda em 2004. Normalmente quando aparece algo tão bom acaba por romper o mainstream, e assim foi. Ao longo do ano de 2005 o mundo rendia-se aos The Arcade Fire, incluindo Portugal depois de um concerto fantástico em Paredes de Coura , estes eram outro dos pontos fortes desta banda, perfomances incriveis em palco, brincam, dançam, saltam, batem uns nos outros... Mesmo o público estranho a esta banda acaba por se render.
Mas os Arcade Fire são muito mais que isso, na minha modesta opinião “Funeral” é talvez o melhor disco até ao momento do século 21(ainda só vamos em 2005). É dificil avalia-los assim quando estamos a viver o momento de glória deles. Pode parecer exagero. Mas lembro-me de quando no príncipio dos anos 90 vivemos o “momento” do Nevermind nunca imaginavamos o que iria de facto saír dali. Acho que daqui a 4 anos, no dia 30 de Dezembro de 2009, se ainda por aqui andar, vou estar a eleger “Funeral” como o álbum da primeira década do século. Será?

Melhores albuns de 2005

Pois é, falta um dia para o fim do ano. Penso que já não vou mudar de idéias, e tal como a maioria do pessoal que escreve sobre musica (não quer dizer que percebam) fiz a minha listazita dos melhores discos do ano.
Penso que foi um mau ano, não houve muitos grandes discos, houve alguns, mas foi um ano em que apareceram muitas bandas novas. Algumas delas que vou enumerar a seguir poderiam estar aqui, mas não couberam. The Bravery, Hard-Fi, The Departure, Art Brut, Clor, Kaiser Chiefs, Editors, Moving Units, She Wants Revenge, The Subways, We Are Scientists, Colder... Tivemos também bons regressos como Depeche Mode, Ladytron, Franz Ferdinand, The Mars Volta, Queens of The Stone Age, Beck, Chemical Brothers, Eels, Coldplay, Foo Fighters, Gorillaz, New Order, Nine Inch Nails, White Stripes, Sigur Ros, Korn... mas como é obvio nem tudo coube nesta lista.
Após muita meditação lá consegui escolher 20 albuns internacionais e 5 nacionais (sim! apenas 5).
20 albuns Internacionais:
Bloc Party - Silent Alarm
Bright Eyes - I'm Wide Awake, It's Morning
Blood On The Wall - Awesomer
Broken Social Scene - Broken Social Scene
Clap Your Hands Say Yeah - Clap Your Hands Say Yeah
Franz Ferdinand - You Could Have It So Much Better
Hot Hot Heat - Elevator
LCD Soundsystem - LCD Soundsystem
Sleater-Kinney - The Woods
Spoon - Gimme Fiction
Stephen Malkmus - Face the Truth
Test Icicles - For Screening Purpose Only
The Dead 60´s - The Dead 60´s
The Decemberists - Picaresque
The Kills - No Wow
The Mars Volta - Frances The Mute
The Rakes - Capture/Release
Tom Vek - We Have Sound
Vitalic - Ok Cowboy
Wolf Parade - Apologies to the Queen Mary

5 albuns Nacionais
David Fonseca - Our Hearts Will Beat As One
Mesa - Vitamina
Old Jerusalem - Twice The Humbling Sun
The Vicious Five - Up On The Walls
Ultimate Architects - Soma

No ar ficam já algumas promessas para 2006: White Rose Movement, Protocol, Every Move A Picture, Tiga, Artic Monkeys e uns renascidos Strokes. A ver vamos.

The Vines anunciam 3º album

Mais um regresso em 2006 vai ser o dos australianos The Vines. Andy Kelly, manager da banda, anunciou no site dos fãs chamado Dreamin The Insane que o album estará terminado no final de Janeiro e que em principio será lançado em Março ou Abril. Não foram revelados mais pormenores, mas este será o 3º album de originais, depois de "Higly Evolved" e "Winning Days".

Fred Durst a realizador?

Como o mundo não pode ser só feito de boas notícias aqui vai uma má. Fred Durst, lider dos Limp Bizkit, depois de ter realizado um video para a banda de 30 minutos, "The Unquestionable Truth", acredita que pode vir a ser realizador de cinema (imaginem só!). Correm os rumores que ele poderá vir a trabalhar no thriller "Life Without Joe" e no drama "Runt". Numa entrevista ele disse que poderá vir a ser um novo Scorcese ou um novo Coppola. Vamos lá ver é se não te tornas num novo Rob Zombie pá...

Blood On The Wall

A razão pela qual os Blood on the Wall passaram um pouco ao lado talvez seja porque não são uma dessas bandas da moda a tocar musiquinhas da moda. Ao contrário das maioria das bandas actuais eles não têm nada a ver com os eighties, The Cure, Depeche Mode, Joy Division... Mas têm tudo a ver com os nineties, e isso não é mau, pois não? A começar pelo som sujo, pesado a fazer lembrar aqueles tempos do pré-grunge, e claro que aqui os Sonic Youth têm que vir à baila. "Awesomer" é o segundo album deste grupo nova-iorquino. É um album muito poderoso, ainda mais sujo que um "Daydream Nation" ou um "Nevermind"( mas claro que não vou dizer que é melhor) com o som a desfazer-se em acordes esquizofrénicos mas com coração. Os irmãos Brad e Courtney Shanks, guitarrista e baixista, vão dividindo as vocais ao longo do disco tornado-o ainda mais viciante. Uma bela surpresa neste final de 2005. Ouçam "Gone", na minha opinião uma das das melhores musicas do ano, curta e dura.

A vida dos The Libertines em livro

Vai ser publicado no próximo dia 23 de Fevereiro um livro sobre a vida e obra da banda de "culto" inglesa, The Libertines.
"The Libertines: Bound Together" vai incluir a história da banda desde o primeiro encontro entre Pete Doherty e Carl Barat até à saída de Doherty em Agosto de 2005 passando por todos os problemas do vocalista com a droga.
Anthony Thornton e Roger Sargent que passaram os ultimos 3 anos e meio acompanhando a banda vão ser os autores do livro que irá incluir mais de uma centena de fotos, algumas das quais nunca antes publicadas e também entrevistas a pessoas que viveram por dentro o fenómeno do grupo.

65daysofstatic

São naturais de Sheffield, terra dos Artic Monkeys, a banda mais badalada dos ultimos (largos) meses em território britânico. Contudo os 65daysofstatic seguiram um caminho diferente. Aparecem na linha de bandas como Explosions in the Sky, Godspeed You! Black Emperor ou Mogwai embora com uma componente mais electrónica que qualquer uma destas bandas. Alternando momentos de extremo ruído com periodos bastante melódicos os 65daysofstatic conseguiram com o 1º album, em 2004, “The Fall of Math” atingir um marco neste género. Passado pouco mais de 1 ano da estreia surge agora "One Time for All Time”, que segue a mesma linha que o primeiro disco. Quem tiver opurtunidade de ouvir que preste atenção á faixa “Drive Through Ghosts To Get Here”. Para quem anda farto das dezenas de bandas de post-punk que proliferam por aí é sem dúvida uma exelente proposta a descobrir.

The Long Blondes

Tudo o que resta a esta simpática banda de Sheffield neste momento, é um contracto com uma editora para finalmente poderem lançar o seu album de estreia. Depois de um 2005 muito ocupado que incluiu o lançamento de vários singles, até “Separeted by Motorways” que parece que irá ter airplay suficiente para trazer as The Long Blondes para as massas. Kate, a vocalista, transmiste ao mesmo tempo um misto de frustração e compaixão enquanto consegue ser arrogante e sexual. Sem dúvida que encontramos aqui bastante potencial nesta pequena banda e esperamos que seja bastante falada em 2006.

Muse em 2006

Os Muse também irão estar de volta em 2006. O novo album, sucessor do exelente "Absolution", irá ter luz do dia na próxima primavera seguido da respectiva digressão. Espera-se como é óbvio que eles passem por cá, uma vez que Portugal é dos países de culto onde eles têm maior percentagem de fãs. E cá eu espero vê-los pela quarta vez, hehehe.
Em 2006 também são muito aguardados albuns de Morrissey, Artic Monkeys, The Streets, Red Hot Chilli Peppers e o já falado de Radiohead.

Radiohead de volta

Os Radiohead estão bem activos. Depois de terem passado grande parte de 2005 em estudio, revelaram que vão voltar à estrada em 2006. Em Fevreiro ainda vão acabar mais algumas musicas para depois iniciarem uma digressão que passará por alguns concertos em Inglaterra e resto da Europa, para depois iniciarem a tour pelos Estados Unidos. Datas para a saída do album ainda se sabe, e certo é que o produtor não será o mesmo do costume, Nigel Godrich. Vamos lá ver se os Radiohead entrarão numa nova era...

Test Icicles - For Screening Purposes Only

Foi das coisas mais emplogantes que eu ouvi em 2005, poderão constata-lo pela lista dos melhores do ano que publicarei em breve. Naturais de Londres, este trio formado por Rory Aggwelt, Sam Merrann, Devonte Hynez lançaram o seu album de estreia neste final de ano. “For Screening Purposes Only” é um dos albuns mais indescrítiveis que surgiram nestes últimos tempos. Uma mistura de rap, metal e post-punk com sons bastante dançaveis. É quase impossivel de cataloga-los mas imaginem algo entre Slayer, LCD Soundsystem, Beastie Boys e Pixies que quase obtêm o som desta nova banda. Com dois singles já lançados, “Boa vs. Python” e “Circle Square Triangle” os Test Icicles estiveram também em tournee com os Death From Above:1979, uma das grandes revelações do ano passado.

The Futureheads preparam novo album

Depois de teram lançado à pouco tempo o Ep "Area" os The Futureheads revelaram que já têm 14 musicas gravadas para o segundo album de originais. As 14 musicas irão ser misturadas em Janeiro e quanto ao nome do novo album poderá ter um dos seguintes titulos: ‘Worry’, ‘Thursday’, ‘Yes/No’, ‘Cope’, ‘Fallout’ and ‘Return of the Beserker!’.

Nick Wire pela primeira vez a solo

O baixista dos Manic Street Preachers, que também acumula funções do letrista principal da banda, vai fazer o seu primeiro lançamento a solo amanhã no dia de Natal. " I Killed the Zeitgeist" é a musica que irá estar disponivel amanhã (e só durante o dia de amanhã) para download no site da banda. Aparentemente Wire planeia lançar um album em meados de 2006.

Humanzi - Fix the Cracks

A minha primeira aposta para 2006, vai ser uma das bandas que mais me entusiasmou neste final de 2005. Humanzi com o single de estreia chamado "Fix The Cracks" começam uma carreira que espero eu que seja bastante entusiasmante. Naturais de Dublin na Irlanda este quarteto tem um som muito áspero fazendo lembrar bandas dos anos 70 e 80 como os Stooges. O próximo single a ser lançado no Mês de Fevreiro irá chamar-se "Long Time Coming" mas quanto a album de estreia ainda não se sabe de nada.
Neste final de ano os Humanzi fizeram primeiras partes de Hard-Fi e Foo Fighters.