Mais concertos para Portugal

As novidades no que diz respeito a concertos continuam a surgir. Mais nomes confirmados para a edição deste ano do Super Bock, Super Rock são: Placebo, Korn e Within Temptation. O festival irá decorrer entre os dias 25 e 28 de Maio. De notar que os Placebo lançam o seu novo album "Meds" no próximo dia 13 de Março.
Confirmado também está o regresso de John Spencer com o seu novo projecto, Heavy Trash. A actuação está prevista para o IV Festival de Blues de Coimbra que está marcado para os dias 16, 17 e 18 de Março no Teatro Académico de Gil Vicente.
Já agora, aqui fica um concerto a evitar. James Blunt no Coliseu dos Recreios em Lisboa, no dia 16 de Junho.

Silent Shout - The Knife

Depois da fantástica estreia com “Deep Cuts”, os The Knife uma das bandas de electro escandinavas mais bem sucedidas, ainda que pouco conhecidos para estes lados, estão de regresso com mais um fantástico album. São residentes em Estocolmo, na Suécia, e fazem musica juntos desde 1999 especialmente no campo do tecnho. São uma dupla formada por irmão e irmã ( Karin e Olof Dreijer) sendo ela nada mais que a senhora que dá voz ao excelente single “What Else is There” dos Royksopp.
O som deles assemelha-se a um electro-pop com um ritmo bastante melódico. “Silent Shout” é o exemplo do que poderá ser a musica no futuro. Os sintetizadores tornam a atmosfera muito mais negra e profunda do que em “Deep Cuts” ,que foi considerado já por si uma obra prima. Aqui eles tentam ir mais longe e a voz de Karin acaba por sobressair em algumas das faixas com a variação dos timbres e do volume contrastando com o remoinho dos sintetizadores. Depois ainda há para adicionar a voz de um outro sueco, Jay Jay Johanson como artista convidado, que faz “Markle House” ser o ponto mais alto deste disco.
O electro-pop vai ultrapassando cada vez mais novas fronteiras.

Pink - Boris

Numa altura em que todos os géneros e sub-géneros musicais parecem ter sido descobertos e re-descobertos é sempre de louvar quando encontramos algo de novo e extraordinário.
Os Boris são isso mesmo. Em primeiro lugar são Japoneses, daí talvez nunca terem chegado ao mainstream, mas com o nível de qualidade deste novo album (eles já gravam desde 1996) era impossível não chegaram ás escaparates do Ocidente.
“Pink” já foi lançado algures em 2005 para os seguidores do culto no Japão mas só neste início de 2006 chegam ao outro lado do mundo. A faixa de abertura faz logo lembrar os melhores momentos da carreira de uns Sigur Ros, mas logo a seguir percebemos que eles vão muito mais longe. Os Boris caminham algures entre o rock-psicadélico exprimental e o doom metal como ouvimos na segunda faixa, que dá nome ao album. Aqui é tabu falar em acessibilidade, eles não fazem musica para uma pessoa que simplesmente ouve música. Ao longo de 11 faixas eles percorrem caminhos nunca vistos na musica maisntream, daí trazerem algo novo ao panorama musical actual.
Guitarras muito fortes e uma voz impressionantemente firme fazem este disco ser uma das maiores esperanças para 2006, e provavelmente irá figurar na lista dos melhores de muita gente.
Uma curiosidade é que os Boris devem o seu nome a uma canção dos avôs do grunge, os Melvins.

The Black Magic Show - Elefant

Para todos que conhecem o album de estreia desta banda, “Sunlight Makes Me Paranoid”, este não traz nada de novo. Os Elefant apareceram no circuito alternativo em 2003, numa altura em que não se vivia ainda muito a hype revivalista dos anos 80. E de facto eles prometeram muito e apesar de não ter sido nenhuma obra prima eu esperava que neste continuação eles fossem um pouco mais além.
Diego Garcia, o vocalista de ascendência Argentina, a banda é de Nova Iorque, parece ter passado a vida toda a emitar bandas como os The Cure ou The Smiths, e agora não se consegue livrar desse fantasma.. Nota-se no single de estreia, “Lolita” a falta da garra que tivemos no disco de estreia e apenas a faixa “Sirens” me deixou saudosista do inicio da banda e irá figurar na minha playlist durante bastante tempo.
Aconselho a quem ainda não os conhece e os queira conhecer, que comece pelo disco de estreia, “Sunlight Makes Me Paranoid”.

Artic Monkeys em Portugal

Pois é... se quiserem perceber o porquê do sucesso desta jovem banda nestes últimos tempos vão ter uma óptima opurtunidade de o fazer já no próximo dia 18 de março. Está confirmadíssimo, inclusivé no site deles, que os Artic Monkeys irão estar em Portugal para um concerto no Paradise Garage. O preço dos bilhetes é de 20 euros.
Não é caro. Pode ser que nos encontremos por lá...
Ah, e hoje não é dia das mentiras.

Mystery Jets

Esqueçam por momentos que os Artic Monkeys existem. Há algo muito melhor e está quase, quase a chegar...
Uma das grandes revelações da musica britânica dos últimos tempos, eles são excêntricos e não se parecem com nada que tenha sido lançado nos últimos tempos. Com um som algures entre o psicadélico e o prog punk (se é que isto existe) mas muito dificil de definir, os Mystery Jets têm vindo a lançar um grande alarido entre a imprensa inglesa com o lançamento de vários singles sucessivos.
O mês de Março está apontado para a data de lançamento do album de estreia (Making Dens), enquanto isso ainda será lançado no final deste mês mais um single “The Boy Who Run Away”.
Enquanto isto não acontece eles andaram em tournée em Janeiro e Fevereiro com bandas como: Artic Monkeys, We Are Scientists e Maximo Park. Uma nota curiosa é que o guitarrista é pai do vocalista.

Comfort Of Strangers - Beth Orton

Depois de um sombrio “Daybreaker” parecia que Beth Orton estava a perder o fulgor dos dois primeiros albuns da sua carreira. “Comfort of Strangers” o novo trabalho de 2006 vem a provar o contrário. Beth junta-se a Jim O´Rourke, antigo membro dos Sonic Youth como produtor e ao percurssionista Tim Barnes e juntos fazem um trabalho que só não está à altura de um “Central Reservation”, que para mim continua a ser o seu melhor album.
Em “Daybreaker” a sua voz parecia-nos muito vazia, despida de sentimentos. Aqui com a ajuda da experiência de O´Rourke ela consegue fazer com que a voz se destaque de qualquer outro som deste disco. Depois de ter trabalhado com musicos como William Orbit, Chemical Brothers ou Ryan Adams entre outros, Beth talvez tenha encontrado a sua verdadeira “identidade musical”. Claro que O´Rourke também é o mais experiente de todos.“Comfort of Strangers” vem provar que Beth Orton continua a ser uma das melhores criadoras de musica popular do momento e que também se pode transfigurar à medida das suas necessidades.

The Life Pursuit - Belle & Sebastian

Já aqui falamos em Isobel Campbell e da sua partida dos Belle And Sebastian em 2002. O que é certo é que eles continuaram em grande forma depois da partida da sua vocalista de sempre. “The Life Pursuit” tem desde logo um grande trunfo: o produtor de Beck, Tony Hoffer. Juntos gravaram este disco debaixo do sol da Califórnia e os resultados e os ambientes que criaram são brilhantes.
“Dear Catastrophe Waitress” o album anterior havia reencontrado a banda com a grande forma dos primeiros discos do meados dos anos 90 (falo sobretudo dos 3 primeiros). “The Life Pursuit” apesar de não ser tão brilhante consegue atingir grandes niveis de qualidade.A voz de Stuart Murdoch continua fraca, mas cada vez mais ele consegue transformar a sua deficiência em trunfo. Musica inocente, que se interpretam como belas canções, sem cair no piegas. Este é o album mais psicadélico dos Belle & Sebastian que depois da saída de Campbell pode estar a caminhar para um novo rumo. Vamos lá esperar pelo próximo trabalho para confirmar...

Concertos para o verão

Os adeptos de concertos minimamente decentes que se preparem, pois começam a aparecer alguns nomes para os festivais e grandes eventos.
Os Deftones irão estar de volta a Portugal no dia 26 de Maio para um concerto incluido no Super Bock Super Rock. Eles estão actualmente em estúdio em fase final de produção do seu novo album que vai suceder o de 2003.
Entretanto confirmada também está a vinda do ex-Pink Floyd Roger Waters que irá actuar no dia 2 de Junho no Rock in Rio - Lisboa 2006. Nesse mesmo dia estão previstas actuações de Carlos Santana e Rui Veloso.

Coachella 2006

Este post foi aqui colocado com a nitida intenção de ferir sensibilidades. Por isso se quiser continuar a ler até ao fim não digam que não vos avisei...
Já de seguida aqui fica o cartaz do festival de Coachella na Califórnia, que irá ter lugar nos próximos dias 29 e 30 de Abril.
Sabado, 29:
Depeche Mode, Franz Ferdinand, Sigur Ros, Common, Damian Marley, Atmosphere, Carl Cox, My Morning Jacket, Ladytron , Clap Your Hands Say Yeah, Tosca, Cat Power, Animal Collective, Hard-Fi, Derrick Carter, Devendra Banhart, She Wants Revenge, The Walkmen, The Juan Maclean, Audio Bullys, Imogen Heap, Lady Sovereign, Deerhoof, The Duke Spirit, Editors, stellastarr*, Lyrics Born, Matt Costa, The New Amsterdams, The Zutons, Platinum Pied Pipers, White Rose Movement, Chris Liberator, Colette, Joey Beltram, Hybrid, Wolfmother, The Like, Living Things, Nine Black Alps, The Section Quartet, Infadels, Youth Group, Shy FX & T Power, Infusion
Domingo, 30:
Tool, Yeah Yeah Yeahs, Bloc Party, Paul Oakenfold, Scissor Sisters, Matisyahu, James Blunt, TV on the Radio, Sleater-Kinney , Mogwai, Coheed and Cambria, Gnarls Barkley, Coldcut, Phoenix, Digable Planets, Amadou & Mariam, Little Louie Vega, Mylo (DJ Set), Seu Jorge, Wolf Parade, The Go! Team, Kaskade, Metric, Art Brut, Dungen, The Dears, Jamie Lidell, The Magic Numbers, Los Amigos Invisibles, Jazzanova, Michael Mayer, Mates of State, Gilles Peterson, Gabriel & Dresden, The Subways, Minus the Bear, Be Your Own Pet, Giant Drag, Kristina Sky, The Octopus Project
Não há Smashing Pumpkins mas penso que também ninguém vai dar por isso...

White Rose Movement em contagem decrescente...

Já os havia escolhido para banda revelação de 2005, este ano não sei... Apesar de só saír no próximo dia 6 de Março já chegou ao meu poder este grande disco de estreia. Pelo que tenho ouvido interruptamente posso dizer que não ficou nada aquém das minhas expectativas. “Kick “ é o nome do album, e a seu tempo falarei dele mais promenorizadamente... Entretanto os White Rose Movement estão em tournée com os The Rakes, fazendo depois uma série de concertos em nome próprio. O lançamento do album será antecedido de um single que estará nas lojas em 27 de Fevereiro de nome “Girls in the Back” . Os White Rose Movement confirmaram também o seu nome no festival de Coachella (ver post seguinte).

Film School

É inevitável aqui falar em Post-Punk, é um facto. Mas os Film Music são muito mais do que isso. Na altura do lançamento do seu primeiro album não se falava em The Strokes nem em White Stripes, nem em nada disso. Eles faziam musica algures entre uns The Cure, uns Pink Floyd e uns My Bloody Valentine...
Passam-se 5 anos, e a banda de San Francisco liderada por Kraig Burton volta de novo ao activo, e o panorama musical é completamente diferente. Respira-se este post-punk, que melhor os define, por todo o lado.
Agora com o selo de uma editora grande (a Beggars Banquet) eles vão mais longe, ou então corriam o risco de ser apenas mais uma para o grande caldeirão. “Film Music” é um album bastante emocional, uma grande atmosfera calma precorre o disco de uma ponta à outra com letras bastantes melodramáticas. Chegam a ser psicadélicos podendo em certas alturas ser comparados com uns Radiohead, não com tanta qualidade, claro.
“On and On” é um excelente single, e se tivesse menos um minuto ou dois talvez tivesse air-play em algumas rádios, mas a minha preferência vai para a faixa 4, “Pitfalls”.Um disco para não perder o rasto.